fertilizantes mitos e verdades

O Brasil é um país essencialmente agrícola e seus números provam isso. Em 2017, as estimativas do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) indicam que a produção agrícola brasileira será de 242 milhões de toneladas colhidas. Um avanço de 30% em relação ao ano de 2016, quando a colheita foi de 186 milhões de toneladas de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Este crescimento faz com que os fertilizantes tenha papel fundamental para melhorar o estado nutricional das plantas. Com isso trazendo maior produtividade, como já .

No entanto, este cenário de crescimento agrícola, traz ainda muito preconceito e falta de informações que rodeiam o universo AGRO quando o assunto são os Fertilizantes.

É necessário aprimorar o conhecimento das pessoas sobre o que é mito ou verdade. E, também, a importância deles para o sucesso da agricultura brasileira.

Objetivando maior esclarecimento, neste artigo serão apresentadas 10 afirmações comuns sobre os fertilizantes. Cinco delas serão mitos e 5 serão verdades.

Boa leitura!

#1. Fertilizantes e Agrotóxicos são a mesma coisa

Mito: Devemos entender que Fertilizantes e Agrotóxicos não são a mesma coisa e não operam da mesma forma.

Os fertilizantes, que podem ser orgânicos ou inorgânicos, são aplicados no solo para oferecer nutrientes às plantas, objetivando o enriquecimento do solo para o correto desenvolvimento das lavouras e aumento da produtividade.

Já os agrotóxicos, conhecidos também como defensivos agrícolas, são produtos essencialmente químicos e visam a proteção de plantas contra o ataque e a infestação de doenças e pragas.

#2. Fertilizantes e adubos são sinônimos e servem para nutrir as plantas

Verdade: De fato, tanto os fertilizantes quanto os adubos têm o objetivo de nutrir as plantas, assim sendo, eles tem a mesma função.

Além disso, representam os compostos químicos que podem ser encontrados na forma orgânica ou inorgânica, dependendo da sua origem.

A única diferença é que os fertilizantes inorgânicos tem exatamente a composição desejada de nutrientes, enquanto os adubos não. Assim, para solos muito pobres em nutrientes, recomenda-se o uso do fertilizante inorgânico, que corrigirá exatamente as deficiências.

#3. Fertilizantes orgânicos são sempre melhores que os inorgânicos

Mito: Não há o “melhor” fertilizante, e sim aquele que atenda às necessidades da planta. Nas duas formas de fertilização existem vantagens que, inclusive, podem ser utilizadas de forma integrada.

A fertilização orgânica é utilizada para aumentar a biodiversidade do solo e a retenção de água e de nutrientes. Além disso, fornece os nutrientes necessários para o desenvolvimento da planta.

Já os fertilizantes inorgânicos têm como vantagens as altas concentrações de nutrientes em suas formulações, facilitando o transporte e a aplicação no campo. Ademais, os fertilizantes inorgânicos são formulados de maneira flexível, atendendo as específicas de cada cultura e solo.

Deve ficar claro que as plantas não distinguem as fontes de nutrientes (mineral ou orgânica), já que são os elementos químicos (N, P, K ou qualquer outro elemento) que serão absorvidos.

#4. Fertilizantes em excesso fazem mal às lavouras

Verdade: De fato, nutrientes em excesso fazem mal às lavouras. Por isso, deixar de confundir uma cultura bem nutrida com uma cultura nutrida em excesso é essencial.

Mas porque o excesso de fertilização causa deficiência?

O motivo são as relações entre os nutrientes. Diversos estudos indicam que em alguns casos, as adubações excessivas podem levar à deficiência de nutrientes devido ao que chamamos de interações antagônicas.

Na interação antagônica, a absorção de determinada forma de um nutriente será responsável por dificultar a absorção de algum outro. Um exemplo é a deficiência de zinco na planta (mesmo com o nutriente aplicado) devido aos altos teores de fósforo presentes no solo.

#5. Fertilizantes são prejudiciais ao meio ambiente

Mito: Fertilizantes somente serão os responsáveis diretos por problemas para o meio ambiente se forem utilizados de forma inadequada e sem o manejo correto.

Para que os fertilizantes não afetem o meio ambiente, existem algumas regras básicas que devem ser seguidas. Elas são conhecidas como o conceito 4C. Este conceito prescreve o seguinte:

  1. Fonte certa;
  2. Dose certa;
  3. Hora certa;
  4. Local Certo;

Seguindo a premissa do 4C, os fertilizantes trarão o efeito desejado e não deixarão consequências negativas ao meio ambiente.

#6. Para aplicar fertilizantes, a análise do solo é fundamental

Verdade: Essa é a maior das verdades na garantia da eficiência dos fertilizantes. Com a análise é possível conhecer a capacidade de um determinado solo em suprir nutrientes para as plantas.

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Ademais, a amostragem do solo, seguida da análise em laboratório e da interpretação dos resultados, serão fundamentais para a recomendação da quantidade adequada de corretivos e fertilizantes destinados ao aumento da produtividade das culturas.

#7. Fertilizantes são prejudiciais à saúde humana

Mito: Os fertilizantes contêm nutrientes de plantas que, em geral, são os mesmos dos animais, onde inclui-se os humanos.

Veja um exemplo: Para sintetizar proteínas, as plantas utilizam nitrogênio, que é a mesma classe de moléculas que constitui nossos músculos. O fósforo fornecido às plantas é o mesmo que compõe nossos ossos e dentes.

Praticamente tudo que for utilizado de forma inadequada pode trazer problemas, e com os fertilizantes não é diferente. Por isso, é muito importante que os fertilizantes sejam utilizados seguindo a recomendação de agrônomos, que indicarão o uso correto.

#8. As estratégias para a aplicação do fertilizante dependem da necessidade da planta

Verdade: A aplicação de qualquer fertilizante deve seguir uma estratégia do agrônomo responsável que seguirá as necessidades da cultura no pré-plantio e durante o estabelecimento da cultura, ou caso seja observada alguma necessidade da planta.

Há basicamente há 3 formas para a aplicação:

  • Diretamente no solo: Viável para solos de alta fertilidade. Apresenta baixo risco de aplicação, caso o fertilizante seja aplicado em pré-plantio ou durante estágios iniciais de desenvolvimento;
  • Aplicação foliar: geralmente essa estratégia é utilizada para suprir uma necessidade nutricional mais imediata ou quando as condições do solo restringem a disponibilidade de nutrientes específicos;
  • Fertirrigação: consiste no fornecimento de nutrientes por meio de sistemas de irrigação. Supre as plantas com o fertilizante diretamente.

Quer saber mais sobre a Fertilização foliar? Recentemente produzimos um post exclusivo a respeito. Clique aqui para conferir.

#9. A aplicação de fertilizantes é muitos simples. Qualquer um pode fazer

Mito: É mito em razão da segunda parte da afirmação. A aplicação de Fertilizantes é realmente simples, porém nem todo mundo tem conhecimento técnico para interpretar os resultados, definir qual fertilizante utilizar nem regular os implementos agrícolas.

Para o sucesso da aplicação, o processo passa pela necessidade obrigatória de realizar uma correta análise de solo, regulagem adequada do distribuidor de fertilizante, da profundidade de incorporação, da umidade do produto e da uniformidade na distribuição.

Portanto, o indicado é que pessoas capacitadas realizem essa ação.

#10. Sem os fertilizantes, mais pessoas passariam fome no mundo

Verdade: Na atualidade, o uso do fertilizante é responsável por cerca de 50% da produção mundial de alimentos, ou seja, sem o advento dos fertilizantes, a disponibilidade de alimentos para a população seria muito menor e, por consequência, maiores seriam os problemas de fome e da desnutrição no mundo.

Assim, o uso do fertilizante garante maior segurança alimentar para a população mundial que não para de crescer.

Ainda tem dúvidas sobre o uso correto dos fertilizantes? Deixe suas dúvidas nos comentários que nossos consultores vão ajuda-lo!

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