Escassez hídrica provocada pelas mudanças climáticas comprometem produtividade e lucratividade da agricultura


As mudanças climáticas no planeta deixaram de ser uma assustadora ameaça futura para se tornar uma dura realidade atual – e cada vez mais frequentes períodos de escassez hídrica nas diversas regiões brasileiras são a prova disso. Sem dúvida, um cenário preocupante para a agricultura, segmento no qual é visto que o clima é responsável por diminuir o desempenho na produção.

A seca não apenas reduz a viabilidade de uma série de culturas, notadamente as perenes – aquelas permanentes ou que duram vários anos, como café e frutas – como também aumenta a dependência de práticas de irrigação. Rotação de culturas e estratégias para conservação do solo são outras alternativas interessantes para o aumento da exploração das reservas de água do solo e mitigação dos efeitos danosos da seca.

Mas, tudo isso eleva os custos de produção, que acabam por ser repassados ao consumidor. As consequências, além de uma série de questões econômicas, acabam por impactar negativamente na segurança alimentar da população – sem falar na renda dos produtores rurais.

Neste preocupante panorama, muitos produtores têm recorrido ao uso de biofertilizantes, produtos com base de matrizes orgânicas que ajudam no desenvolvimento das plantas. Um dos benefícios deste tipo de produto está justamente em sua capacidade de favorecer a planta sob condições de estresse abiótico e biótico, da geada ao calor, do excesso de chuvas à seca e patógenos.

Isso ocorre porque os biofertilizantes fornecem compostos bioativos que auxiliam as plantas em condições de estresse, através de diversos mecanismos:

– Fornecimento de compostos como polissacarídeos e betaínas que atuam na osmorregulação e no equilíbrio iônico, auxiliando as plantas a manterem o equilíbrio hídrico, evitando o acúmulo excessivo de sódio nas células;

– Atuam regulando a abertura e fechamento dos estômatos, otimizando o uso da água e reduzindo a perda por transpiração;

– Sob estresse abiótico, aumenta-se a produção de espécies reativas de oxigênio (EROs), que causam danos às células vegetais. Os biofertilizantes contêm antioxidantes, como polifenóis e flavonoides, que neutralizam essas EROs, protegendo as plantas do estresse oxidativo e dos danos às membranas celulares e aos tecidos;

– Biofertilizantes são ricos em polissacarídeos, extratos vegetais e aminoácidos, que estimulam as plantas a sintetizarem metabólitos secundários, como compostos fenólicos e flavonoides. Esses compostos são importantes para a defesa contra o estresse ambiental, ajudando a fortalecer as células e melhorar a resistência das plantas;

– Aumentam a expressão de genes relacionados à reparação de danos celulares causados por estresses abióticos, promovendo a regeneração dos tecidos danificados;

– Contribuem para a fertilidade do solo, aumentando a retenção de água, melhorando a estrutura do solo e promovendo a interação benéfica com os nutrientes disponíveis, o que pode ajudar as plantas a enfrentarem melhor condições adversas.

O Brasil lidera a adoção desse tipo de insumo, segundo dados do levantamento Global Farmer Insights, elaborado pela consultoria McKinsey & Company. No País, 36% dos agricultores recorreram aos biofertilizantes em 2022, enquanto a média mundial é de apenas 18%.

Uma das razões apontadas para isso é a percepção, por parte dos produtores brasileiros, da cada vez maior importância da utilização de soluções agrícolas sustentáveis. Os Estados Unidos apresentam números ainda inferiores que a média mundial, com apenas 12% dos produtores adotando essa prática.

Soluções Multitécnica

Atualizada com as ferramentas de manejo mais modernas para a agricultura, a Multitécnica disponibiliza no mercado uma série de soluções que garantem esse balanceamento, unindo macro e micronutrientes essenciais às culturas – além dos compostos orgânicos responsáveis pelas funções acima detalhadas. São produtos que possibilitam uma nutrição adequada às plantas e, consequentemente, maior resistência às situações de estresse.

É o caso do Multihumic Plus, capaz de fornecer às plantas substâncias húmicas e aminoácidos, que aumenta a quantidade e a atividade de micro-organismos benéficos do solo, propicia o desenvolvimento de um sistema radicular mais robusto, promove maior absorção de água e nutrientes, garante alta taxa fotossintética e uma maior atividade das enzimas no solo. Atua positivamente na recuperação de danos causados por estresses bióticos e abióticos.

Também faz parte dessa linha de produtos diferenciados o MultiBiocomoni, fertilizante à base de potássio, cobalto, molibdênio e níquel e também contém em sua formulação extrato de algas. Esse produto melhora a nodulação das plantas, promove maior fixação de estruturas reprodutivas e é essencial na absorção e no metabolismo do nitrogênio, resultando em significativo aumento de produtividade.

Ainda na mesma linha, temos o produto New Max, que disponibiliza aminoácidos selecionados que atuam na síntese de proteínas e compostos intermediários para a obtenção dos hormônios vegetais. Quando aplicado em situações estressantes (veranicos, geadas, excesso de radiação solar, altas e baixas temperaturas, granizo, fitotoxidez, etc.), sua ação sinérgica entre os aminoácidos e os nutrientes atuam no balanço hídrico e nutrição, permitindo rápida retomada do crescimento da planta.

Além dos compostos orgânicos, o fornecimento de nutrientes específicos é essencial para otimização do metabolismo das plantas e desempenhando funções-chave na fisiologia vegetal.

O Magnésio (Mg) é um nutriente essencial para a mitigação do estresse abiótico em plantas. Ele é o átomo central da molécula de clorofila, essencial para a fotossíntese e produção de energia. Além disso, o magnésio atua na ativação de várias enzimas envolvidas no metabolismo energético e na síntese de carboidratos. Durante o estresse abiótico, como seca e salinidade, o magnésio ajuda a manter o equilíbrio iônico e osmótico, melhora a eficiência do uso da água e regula a abertura estomática, ajudando a planta a conservar água e energia. A disponibilidade adequada de magnésio, portanto, fortalece as plantas e aumenta sua resistência a condições ambientais adversa.

O engenheiro agrônomo Marcos Vinícius Dias, Gerente de Portfólio da Multitécnica, lembra que a planta precisa de muita sacarose para ter seu pleno desenvolvimento e recuperação pós seca e, para isso, requer um suprimento equilibrado de todos os outros nutrientes importantes para esse momento.

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