Um dos maiores orgulhos dos cidadãos de Sete Lagoas (MG), as hortas comunitárias da cidade completaram 40 anos neste ano. Reconhecido nacional e internacionalmente, o projeto do interior mineiro está entre os maiores do gênero na América Latina e beneficia diretamente 320 famílias em situação de vulnerabilidade social com sua produção superior a 180 toneladas de verduras e hortaliças por ano.
O Grupo Multitécnica se orgulha de apoiar essa iniciativa e, para comemorar a efeméride, lançou um vídeo comemorativo que pode ser conferido no Link. (Clique aqui).
O projeto das hortas comunitárias de Sete Lagoas teve início em 1982, quando a Prefeitura da cidade e a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-MG) estabeleceram parceria para produzir alimentos numa área ociosa, de forma a beneficiar diretamente 35 famílias, que passaram a receber toda a orientação e os insumos necessários para desenvolver a plantação.
A ideia deu tão certo que, ano a ano, novas áreas e mais pessoas foram sendo incorporadas. Hoje são 23 quilômetros quadrados de hortas espalhados pela cidade toda. São sete núcleos, nos bairros JK, Cidade Nova, Cidade de Deus, Vapabuçu, Montreal, Bernardo Valadores e Barreiro.
“O projeto tem grande importância na inserção socioeconômica das pessoas em situação de vulnerabilidade social, sendo este um dos pré-requisitos para se tornar um agricultor do projeto”, explica a engenheira agrônoma Isamara Goulart Santana, desenvolvedora técnica da empresa e apresentadora do vídeo. Para participar, o munícipe deve obter um laudo de vulnerabilidade sócio-econômica junto à Secretaria de Assistência Social do município.
Ela explica que as áreas, assim como a água necessária para o desenvolvimento das hortas, são cedidas pela Prefeitura de Sete Lagoas. Algumas dessas áreas são alugadas e outras, institucionais. Isamara conta, também, que o projeto está inserido no Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). “Como contrapartida ao que o poder púbico oferece, os produtores precisam doar um canteiro da sua produção para a merenda das escolas públicas da cidade.
“O projeto permite à população de Sete Lagoas o consumo de hortaliças frescas, produzidas sem utilização de agrotóxicos e, consequentemente, o acesso dessa população a uma alimentação mais saudável. Ou seja, o projeto promove o desenvolvimento sustentável simultaneamente à valorização das pessoas”, afirma Isamara.
Além disso, as hortas foram naturalmente incorporadas à atividade econômica da cidade, tornando-se responsável pela renda de centenas e alimentação de milhares de pessoas. A produção de abóbora, alface, beterraba, cebolinha, cenoura, chuchu, couve, jiló, repolho e tomate, entre outros alimentos, foi de vital importância para que essa camada da população enfrentasse o difícil período da pandemia do coronavírus na cidade, por exemplo.
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