nutrição animal

O Brasil é um país com alto potencial agropecuário, prova disso são nossos produtos (carnes, ovos, leite, couro, etc) que são exportados para o mundo todo.

Todo esse sucesso refere-se a nossa extensa área para produção animal e nosso clima, ambos são bastante favoráveis para a criação de animais.

No entanto, um dos fatores fundamentais que também explica esse sucesso é a nossa capacidade em alimentar nossos animais de forma barata, mas que atenda todas as necessidades nutricionais. Para isso, a nutrição animal é parte fundamental deste processo.

Hoje em dia a maximização dos nossos lucros depende estritamente do manejo que adotamos no quesito nutrição animal, já que os custos com a alimentação variam entre 40% a 60% do custo total de produção.

Logo, realizar um planejamento nutricional adequado é fundamental, evitando gastos desnecessários e favorecendo a lucratividade da atividade.

Mas como ser eficiente neste planejamento?

Para que esse planejamento alimentar seja o mais eficiente possível, devemos ter conhecimentos sobre as exigências de cada categoria animal, potencial nutricional dos alimentos, além de conhecimentos básicos para uma equilibrar a formulação da ração.

Este post buscará ajudar todo produtor a entender melhor todos os conceitos ligados à nutrição animal, auxiliando-o a oferecer alimentos nutritivos e baratos para seus animais.

O tripé da produção animal

Quando tiramos leite da vaca, coletamos ovos das galinhas de postura e engordamos bovinos, suínos, ovinos e aves para abate visamos sempre o lucro. Essa é a principal prova que a exploração de animais domésticos é feita, quase que exclusivamente, mirando nosso interesse econômico.

Porém, para que a produção animal resulte na máxima eficiência, três aspectos são considerados imprescindíveis: Genética, Higiene/Manejo e Alimentação.

A genética é capaz de conferir ao indivíduo potencial intrínseco, sendo esse o ponto de partida para o desempenho de toda e qualquer função do animal, principalmente aqueles de produção.

Em razão da genética, existem raças e diversas variedades que, ao longo dos anos, foram selecionadas para se tornarem altamente especializadas, permitindo um usufruto mais rápido da produção animal.

Já a higiene e o manejo fornecem, juntamente com a genética, o ponto de partida às condições básicas dos animais, pois previnem as enfermidades e oferecem condições ideias à criação e à produção animal.

Porém, tanto o maior potencial genético quanto a higiene e o manejo terão suas necessidades por alimentos aumentada à medida que o animal vai se especializando. por isso é fundamental dar a máxima atenção a sua alimentação.

A função da alimentação dos animais domésticos é fornecer ao indivíduo alimentos capazes de manter a vida e assegurar, na melhor das condições toda a demanda alimentar por eles necessitada.

Mas se preocupar somente em “alimentar” os animais não basta, principalmente quando a criação visa o interesse econômico.

Simplesmente “alimentar” os animais já não basta mais

Com o significativo crescimento das necessidades das espécies, a simples preocupação com o arraçoamento dos animais já não atende as suas necessidades a muito tempo.

Essa preocupação ganhou importância principalmente após os animais ganharem o status de “produtores de trabalho mecânico”, ou seja, produtores de carne, leite, ovos, lã ou trabalho pesado…

A partir deste momento, as necessidades do organismo, em função da espécie, sexo, idade, tamanho e produções ganharam um novo patamar que se tornou um “problema” de ordem teórica.

Neste novo patamar, determinada substância pode ser alimento para um animal ou para uma dada espécie, mas pode deixar de ser um alimento nutritivo para um outro animal ou espécie.

Isso porque, o rendimento ótimo dos alimentos depende das necessidades nutricionais dos animais. Para isso, esforços conjugados e muita pesquisa em uma ciência intimamente relacionada à alimentação se tornaram fundamentais.

Essa ciência é bastante especifica e precisa estar em constante equilíbrio para o bom atendimento das necessidades do animal. Estamos falando da nutrição animal, que se preocupa em nutrir os animais e não simplesmente alimentá-los.

Conceito de nutrição animal

O termo nutrição animal é definido pelo conjunto de processos em que um organismo vivo digere ou assimila os nutrientes contidos nos alimentos ingeridos, usando-os para seu crescimento, manutenção, reparação dos tecidos corporais e produção.

Em animais domésticos, destinados a produção, a nutrição animal será a responsável por contribuir com a elaboração de produtos (produção de leite pela vaca, produção de ovos pelas galinhas ou deposição de gordura pelos animais de corte).

O valor de toda substância considerada alimento é baseado em seu teor de nutrientes, daí a importância da nutrição. Todo nutriente é definido como constituinte, ou grupo de constituintes dos alimentos, de igual composição química geral.

Considerando esta ciência, a base da nutrição animal procura considerar primeiramente os nutrientes e depois os alimentos. Assim os técnicos da nutrição animal (zootecnistas, veterinários e agrônomos) precisam pensar essencialmente nos nutrientes para depois pensar nos alimentos que os integram.

E esses nutrientes são muitos. Atualmente os conhecidos pela ciência consistem em pelo menos:

  • 12 aminoácidos essenciais e suas inter-relações com os demais;
  • 17 vitaminas;
  • 15 ou mais minerais, ácidos graxos, glicídios.

Há ainda outros fatores que ainda nem foram totalmente identificados.

Por isso, cabe aos profissionais da nutrição conhecerem profundamente as características e necessidades de cada espécie e categoria animal, formulando a nutrição mais completa que atenda às suas exigências nutritivas.

Estas necessidades, passam, prioritariamente pelas necessidades metabólicas dos animais, que veremos a seguir.

Necessidades metabólicas dos animais de produção

Usualmente, na nutrição animal, o entendimento das necessidades metabólicas da categoria animal é parte fundamental. Essas necessidades irão variar conforme muitas variáveis, tais como:

  • Categoria animal;
  • Raça;
  • Tamanho;
  • Capacidade produtiva;
  • Capacidade reprodutiva;
  • Nível de produção
  • Estagio de crescimento
  • Ambiente

Além disso, entender as funções da nutrição animal dentro do sistema produtivo também é parte fundamental que separam o sucesso do fracasso na alimentação dos animais.

Dentre essas funções principais, pode-se citar:

– Mantença

Representa a quantidade mínima de cada nutriente no objetivo de promover as funções orgânicas básicas do organismo animal, prevenindo qualquer problema ou disfunção metabólica que possa ocorrer. Estas funções são:

  • Produção de calor para manter a temperatura corporal;
  • Energia para as necessidades internas do animal, caso da respiração, circulação, etc.;
  • Movimento mínimo; e
  • Reparo dos tecidos, órgãos e estruturas.

– Crescimento

Nutrientes balanceados serão fundamentais para que o animal cresça e se desenvolva no máximo da sua capacidade genética e ambiental.

Geralmente, proteínas e macrominerais são importantes neste processo de crescimento, pois fazem parte da estrutura do corpo. Porém, tanto a energia quanto outros nutrientes também são importantes para construir a estrutura do animal.

Devemos entender também que o processo de crescimento se torna bastante crítico quando o animal é destinado a desempenhar outra função de forma conjunta, como trabalho ou lactação. Assim, o crescimento será sacrificado em benefício dessas funções.

– Reprodução

Devemos ter a ciência que para a reprodução os animais muito obesos ou magros excessivamente terão sua eficiência reprodutiva diminuída.

Daí a importância de conhecer o escore de condição corporal dos animais para que tenham melhores porcentagens de sucesso reprodutivo. O escore por sua vez, será controlado via nutrição animal.

– Trabalho

Para o trabalho, a energia será bastante requerida, porém outros nutrientes também terão sua importância, caso da água para a transpiração, por exemplo.

– Lactação

Comparada com a prenhez, a demanda nutritiva da lactação é muito maior. As vacas por exemplo, devem receber uma dieta alimentar que possa permitir a maior ingestão de nutrientes possível, evitando que percam muito peso e tenham sua vida reprodutiva comprometida.

Nutrição animal

– Engorda

Para o metabolismo dos animais, a engorda é, em grau de importância, a necessidade menos importante.

Por isso, na formulação das rações deve haver o entendimento que o corpo primeiramente preencherá todas as outras exigências e somente depois se preocupará em catalisar nutrientes para a engorda.

Conhecendo os nutrientes de importância na nutrição animal

Todos os nutrientes utilizados na nutrição animal são compostos ou grupos de compostos de mesma composição química, que contribuem com a mantença da vida animal. Normalmente são obtidos por meio dos alimentos.

Na nutrição animal, os nutrientes podem ser classificados da seguinte forma:

Nutrientes Orgânicos:

– Energéticos:

Lipídios: Estrato estéreo (EE), que podem ser Saturados e Insaturados

Carboidratos: Extrativo não nitrogenado (ENN), que podem ser monossacarídeos, Oligossacarídeos, Polissacarídeos

Fibra Bruta (FB): Polissacarídeos

 – Proteicos:

Proteínas: aminoácidos essenciais e aminoácidos não essenciais.

Nitrogênio não proteico (NNP)

 – Vitamínicos:

Vitaminas: Lipossolúveis (A, D, E e K)

Hidrossolúveis (Complexo B e C)

Nutrientes inorgânicos:

Sais Minerais: Macroelementos e Microelementos

Água

Veremos a seguir, de forma breve, um pouco de cada um desses nutrientes.

Nutrientes energéticos

Os nutrientes energéticos são aqueles que fornecem toda a energia para a mantença, crescimento e produção.

Em todos os animais a energia é necessária para:

  • Manutenção de processos vitais como: respiração, digestão, crescimento, reprodução, homeotermia, excreção e mantença;
  • Acúmulo de reservas para períodos de escassez de alimentos, na forma de gordura;
  • Proteção do organismo, formando uma camada isolante;
  • Produção (leite, carne, ovos, lã…);

A energia necessária pelos animais é proveniente, em sua maior parte, dos carboidratos e, em menor proporção, dos lipídios.

Nutrientes Proteicos

Os nutrientes proteicos são compostos essencialmente por proteínas, que são compostos orgânicos bastante complexos, sendo formados fundamentalmente por carbono, hidrogênio oxigênio e nitrogênio (C, H, O e N).

Algumas proteínas possuem ainda, enxofre (S), fósforo (P) ou cobre (Cu).

Podemos estudar as proteínas a partir das moléculas de aminoácidos (AA) que, quando ligadas entre si, arranjadas em sequência única, formarão o que conhecemos por proteína.

A função principal das proteínas é compor as estruturas do organismo dos animais, onde estão incluídos: tecido muscular, órgãos internos, pele, glóbulos de sangue, anticorpos, enzimas, hormônios, artérias, DNA, cartilagens, etc.

Deve-se ressaltar que nenhuma proteína é totalmente completa. Assim, não há nenhuma proteína que terá a capacidade de suprir as necessidades dos animais quando usada sozinha.

Nutrientes Vitamínicos

Os nutrientes vitamínicos são elementos nutritivos essenciais para a vida (VITA).

Geralmente possuem na sua estrutura compostos nitrogenados (AMINAS), os quais não são sintetizados pelo organismo e que, se faltarem na nutrição animal, tendem a provocar manifestações de carência ao organismo, causando diversos distúrbios, alguns até fatais.

A classificação das vitaminas é feita de acordo com a sua solubilidade. São divididas em lipossolúveis, ou seja, solúveis em gordura e hidrossolúveis, sendo solúveis em água.

Vitaminas Hidrossolúveis

  • B1 – Tiamina
  • B2 – Riboflavina
  • B6 – Piridoxina
  • B12 – Cobalamina / Cianocobalamina / Hidroxicobalamina
  • Biotina – (B8)
  • Niacina / Niacinamida / Fator PP
  • Ácido Fólico – (B9) / Folacina
  • Carnitina – (B11) / L – Carnitina
  • C – Ácido Ascórbico
  • Bioflavonóides – VitaminaP / Rutina

Vitaminas lipossolúveis

  • A – Caroteno
  • D – Calciferol
  • E – Tocoferol
  • K

Vale ressaltar que cada uma dessas vitaminas desempenhará papéis específicos no organismo animal, como regulação do crescimento (vitamina A) ou auxiliar na assimilação de minerais (vitamina D).

Macro e Microminerais

Os principais representantes dos nutrientes inorgânicos são os sais minerais, sendo classificados em macrominerais e microminerais.

Os macrominerais são aqueles minerais que o organismo necessita em quantidades maiores. Os microminerais são aqueles que o organismo necessita em pequenas quantidades.

São macrominerais: Cálcio (Ca), Fósforo(P), Potássio(K), Magnésio(Mg), Sódio(Na), Cloro(Cl) e Enxofre(S).

São microminerais: Ferro(Fe), Cobre(Cu), Cobalto(Co), Iodo(I), Manganês(Mn), Zinco(Zn), Selênio(Se), Molibdênio(Mo) e Flúor(F).

Para a nutrição animal, os minerais podem ser essenciais, ou seja, apresentam função no organismo já conhecida, ou não essenciais, pois ainda não ser conhecidas nenhuma função biológica de importância a eles atribuída, porém esta categoria pode ser apenas fruto do nível atual das pesquisas.

Para saber mais sobre como os minerais se comportam no organismo animal, sugerimos que leia este artigo. Nele, tratamos exclusivamente sobre os principais minerais de importância para a nutrição animal.

Água

Dentre todos os nutrientes, mesmo sendo o nutriente mais barato, a água pode ser considerada aquela com maior importância para os animais.

A água é um nutriente essencial para todos os seres vivos. Nos animais ela corresponde a cerca de 50% a 80% do peso vivo. Por ser o constituinte de maior abundância no organismo, a quantidade e qualidade da água fornecida aos animais é de fundamental importância para o seu desempenho produtivo.

Nutrição Animal

A quantidade diária exigida de água é influenciada por uma diversidade de fatores, tais como: temperatura ambiente, peso, idade, fase da vida do animal (prenhez, engorda, crescimento) e o consumo de matéria seca.

Fornecimentos inadequados de água diminuem o consumo alimentar e consequentemente, prejudicam a performance do animal. A água deve ser limpa, inodora, incolor, insípida e abundante. Também deve estar disponível ao animal a todo momento.

Classificação dos alimentos para a nutrição animal

Os alimentos são classificados de acordo com o Conselho Nacional de Pesquisas dos EUA (NRC).

Basicamente, estes alimentos são divididos em volumosos e concentrados.

Alimentos volumosos

Os alimentos volumosos apresentam baixo teor energético, com altos teores em fibra ou em água. Possuem menos de 60% de NDT e ou mais de 18% de fibra bruta (FB), podendo ser divididos em secos e úmidos.

Comparados aos concentrados, apresentam baixo custo na propriedade. Para bovinos de corte, os volumosos mais comuns são as pastagens naturais ou artificiais (braquiárias e panicuns), capineiras (capim elefante), silagens (capim, milho, sorgo) e a cana-de-açúcar;

Também podem ser utilizados como volumosos o milheto, os fenos de gramíneas, a silagem de girassol e as palhadas de culturas, sendo esses alimentos menos usuais.

Alimentos concentrados

Os alimentos concentrados normalmente contêm baixo teor de água e de fibra, podendo ter concentrações altas de energia (concentrados energéticos, como o milho), de proteína (concentrados proteicos, como o farelo de algodão) ou ambos (caso da semente de soja).

Representam os alimentos com alto teor de energia, mais de 60% de NDT. Apresentam também menos de 18% de Fibra Bruta (FB). Como o próprio nome diz, são mais concentrados em nutrientes quando comparados aos volumosos.

Os concentrados podem ser divididos em:

Concentrados energéticos: São alimentos ricos em energia e que contém menos de 20% de Proteína Bruta, sendo representados pelos grãos de cereais (tendo o milho como o mais importante) e seus subprodutos, assim como óleos e outras fontes de gordura.

As principais características dos concentrados energéticos são:

  • Possuem baixo teor de fibra;
  • A grande maioria possui boa aceitabilidade pelos animais;
  • Não há muita variação entre seus valores nutritivos dentro de um determinado alimento;
  • São alimentos ricos em fósforo, porém pobres em cálcio;
  • Possuem grande variabilidade na qualidade da proteína, mas esta é geralmente baixa;
  • Quando comparados aos concentrados proteicos são pobres em PB.

Concentrados proteicos: São considerados concentrados proteicos os alimentos que possuem menos de 18% de fibra e mais de 20% de proteína bruta na matéria seca.

Farelo de soja, farelo de algodão, farelo de girassol, soja grão, farelo de amendoim e caroço de algodão são alguns dos seus representantes principais.

Devido ao alto teor de proteína, os concentrados proteicos têm valor de compra mais elevado quando comparados aos concentrados energéticos.

Importância da ração balanceada

O avanço das tecnologias ligadas ao melhoramento genético e ao manejo culminam em aumento da capacidade produtiva dos animais, em razão disso a simples oferta de forragem não é mais capaz de atender suas necessidades por completo.

Dessa forma, é imprescindível que a ração seja balanceada (minerais, proteína, vitaminas, etc.) e atenda todas as necessidades de cada categoria animal.

Por definição, uma ração será considerada balanceada quando todos os nutrientes requeridos estão presentes no alimento ingerido no período de 24 horas, de forma equilibrada e constante.

Nutrição Animal

Na nutrição animal, o processo de balanceamento da ração é dividido basicamente em algumas etapas:

  • 1ª etapa: Estimativa das exigências nutricionais dos animais;
  • 2ª etapa:  Levantar e quantificar os alimentos disponíveis, seguido do cálculo dos nutrientes fornecidos pelos alimentos;
  • 3ª etapa: Relacionar a composição química e o valor energético dos alimentos a serem utilizados, considerando-se os nutrientes de interesse;
  • 4ª etapa: Proceder com o balanceamento da ração para a proteína bruta e energia;
  • 5ª etapa: Depois de concluído o cálculo da ração, verificar se todas as exigências foram atendidas.

Vale lembrar, que na formulação das rações é aconselhável sempre ter o auxilio de um zootecnista, agrônomo ou médico veterinário especialistas em nutrição animal.

O problema da ração de mínimo custo

Uma boa dieta animal, deve seguir 3 premissas básicas:

  • Ter qualidade;
  • Atender as necessidades por nutrientes dos animais; e
  • Ter o menor custo possível.

Por esta razão, durante a formulação, devemos sempre ficar atentos ao valor final da ração.

Devido à necessidade de reduzir o custo de produção e assim manter a competitividade, muitas formulações priorizam o que chamamos de ração de mínimo custo. Esse sistema otimiza a formulação da ração, reduzindo o seu valor.

O que acontece em alguns casos é que o custo da ração cai (como desejado), porém pode cair também a qualidade do produto. O que não é nada desejado!

Para não sofrer esta consequência, é preciso pensarmos na dieta de máximo lucro, e não de mínimo custo. Mas como? Veja algumas maneiras:

  1. Conhecendo bem os alimentos: Saber a composição do alimento é importante na decisão de incluí-lo na dieta. A análise, inclusive do preço, deve ser feita com base no percentual de matéria seca que o alimento apresenta. Um alimento barato, mas com baixa quantidade de matéria seca, não será barato.
  2. Utilizando forragem de boa qualidade e disponibilidade: Quanto melhor a forragem, menor a necessidade de usar concentrados. Para isso, deve apresentar baixo FDN e boa palatabilidade.
  3. Balanceando as dietas.
  4. Agrupando as categorias: Dessa forma, o arraçoamento pode ser diferenciado, por mérito. Vale lembrar que normalmente, a ração balanceada é preparada para um grupo de animais com necessidades semelhantes.

Uso de alimentos alternativos para a nutrição animal

Além da ração de mínimo custo para baratear o preço da ração, a busca por alimentos alternativos vem se tornando quase que uma necessidade dos formuladores.

Assim, ingredientes alternativos como bagaço e melaço de cana, resíduos da soja, farelo de arroz e de algodão, sorgo entre outros podem compor a dieta dos animais de forma eficiente sem que haja comprometimento qualitativo da dieta dos animais.

Inclusive já discutimos sobre alguns alimentos alternativos de bovinos, suínos e aves em um post que você pode ler aqui.

Neste sentido, considerar alguns pontos é fundamental, caso do preço, da disponibilidade comercial na região, aceitação e necessidade de adaptação do animal e características físicas dos ingredientes.

Você quer saber mais sobre os principais nutrientes presentes na nutrição animal? Entre em contato com nossos consultores. Eles estarão prontos para ajudá-lo!

Referências
  • Bértoli. C. D. Nutrição animal aplicada e alimentação dos animais domésticos. Curso técnico em agropecuária. Instituto federal catarinense – campus Camboriú. Março/2010;
  • Principais alimentos concentrados utilizados na nutrição de bovinos. Tecnologia e treinamento. Disponível em: http://www.tecnologiaetreinamento.com.br/pecuaria/alimentos-concentrados-nutrientes-milho-soja/;
  • MORRISON, F. B. Alimentos e alimentação dos animais: elementos essenciais para alimentar, cuidar e explorar os animais domésticos, incluindo aves. São Paulo: Melhoramentos, 1955. 820;
  • NATIONAL RESEARCH COUNCIL. Nutrient requirements of dairy cattle. 6.ed. Washington, DC: National Academy Press, 1989. 157p.
  • NATIONAL RESEARCH COUNCIL. Nutrient requirements of dairy cattle. 7.ed. Washington, DC: National Academic Press, 2001. 260p.
  • Melo. T. V. Água na nutrição animal. Disponível em: https://www.agencia.cnptia.embrapa.br/Repositorio/Agua_nutricao_000gy2xyyy402wx7ha0b6gs0x27m9uji.pdf;
  • Principais alimentos concentrados utilizados na pecuária leiteira. Portal Rehagro. Disponível em: http://rehagro.com.br/principais-alimentos-concentrados-utilizados-na-pecuaria-leiteira/;
  • SALMAN, A.K.D.; OSMARI, E.K.; SANTOS, M.G.R. Manual prático para formulação de ração para vacas leiteiras. Porto Velho: Embrapa Rondônia, 2011;
  • ANDRIGUETTO, J.M. et al. Nutrição Animal/ As Bases e os fundamentos da Nutrição Animal. Os alimentos. São Paulo: Nobel, 1990. 4ª ed. IV.
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