Todas as etapas de desenvolvimento da planta são importantes e requerem algum elemento específico

O algodão é uma cultura de grande importância econômica para o Brasil, quarto maior produtor mundial. Além da fibra para a indústria têxtil, o caroço também é utilizado na fabricação de ração e para extração de óleo. Segundo dados do IBGE, na safra de 2019 o País produziu cerca de 5,6 milhões de toneladas.

O uso de produtos que ativam as plantas nos momentos chaves de seu desenvolvimento é fundamental para um bom desenvolvimento do algodoeiro. Nesse sentido, a nutrição foliar (aplicações de fertilizantes diretamente nas folhas) se apresenta como excelente alternativa para o cotonicultor corrigir eventuais deficiências e alcançar a produtividade esperada. Isso porque essa técnica é capaz de, entre outros benefícios, suprir a deficiência dos nutrientes do solo — resultado de lixiviações, erosões, volatilização e diversos outros fatores que limitam a absorção desses elementos pelas raízes.

É importante ter em mente que, ao longo de todo o ciclo da cultura do algodão, há diversas fases de desenvolvimento. É o caso do crescimento vegetativo, aparecimento de gemas reprodutivas, florescimento e maturação de frutos. Cada uma dessas etapas tem sua importância para a produção final. Mas é necessário que elas ocorram de forma balanceada — e é aí que entra a nutrição foliar. Aplicações no início da formação dos botões florais e no desenvolvimento das maçãs garantem um bom “pegamento” e a manutenção dessas estruturas reprodutivas, de forma a proporcionar maior produtividade final

Quem planta algodão sabe que essa não é uma cultura barata. Mas, a boa notícia é que não há adição de custo operacional na utilização dos fertilizantes foliares (a não ser, claro, o custo dos produtos em si), uma vez que podem ser aplicados em associação com as usuais aplicações de defensivos agrícolas (herbicidas, inseticidas e fungicidas) sem maiores problemas de incompatibilidade ou diminuição de eficiência, além de apresentarem baixo potencial de fitotoxicidade.

Um dos principais desafios na cultura do algodão é diminuir a taxa de abortamento de flores e maçãs, um fenômeno que chega a ocasionar até 60% de perda em algumas regiões. Por isso, a complementação via folha torna-se necessária também nos estágios mais avançados da cultura, com o objetivo de suprir toda a demanda da planta.

Porém, antes de se decidir pela aplicação de nutrientes via adubação foliar, é importante proceder a análise das folhas para avaliação do estado nutricional da planta. Isso porque elas representam o principal compartimento da planta relacionado ao seu potencial produtivo. Essa análise das folhas deverá ser complementar às informações obtidas pela análise do solo.

 

Macro e micronutrientes

A adubação no algodoeiro tende a padronizar o ciclo e o tamanho das plantas, aumentar o peso dos capulhos e melhorar a qualidade da fibra. Para alcançar esses objetivos, alguns nutrientes são essenciais às plantas por desempenharem funções específicas no seu metabolismo. A Multitécnica dispõe de uma variada gama de produtos, capazes de auxiliar o produtor na sua busca de produtividade otimizada.

Uma boa dica é aplicar nitrogênio (N) e o potássio (K), os macronutrientes mais absorvidos pelo algodão e, para isso, a recomendação é utilizar o MultiNitroPotássio, que apresenta os nutrientes N (12%) e K2O (44%) solúveis em água. O produto é comercializado em sacos de polietileno de 5 kg (caixas de 25 kg e pallets de 1000 kg) ou em sacos de ráfia de 25 kg sem caixa (pallets de 1500 kg). Para o algodão, a indicação é de quatro aplicações quinzenais a partir do florescimento, na dose de 5 kg por hectare.

O produto vem sendo utilizado com sucesso nos casos de ocorrência de veranicos prolongados que podem proporcional perda do potencial produtivo da plantação pelo menor potencial de absorção de nitrogênio e potássio pelas raízes – a aplicação foliar supre esse fornecimento que o solo não foi capaz de prover e garante a manutenção da produtividade.

Outro produto altamente indicado para a adubação do algodão é o Boromag-K, que além do boro, fornece também magnésio e potássio, elementos muito importantes para o algodoeiro. O produto obteve ótimos resultados em estudos realizados pelo Departamento de Solos e Engenharia Rural, no município de Areia (PB), com o cultivar BRS Rubi. Os melhores valores de comprimento, resistência e grau de amarelo de fibras foram obtidos com um quantitativo de 1,25 kg/ha de boro.

A formulação do produto disponibiliza potássio (1%), magnésio (8%), enxofre (10%) e boro (8%). Ele vem disposto em sacos de polietileno de 10 Kg (caixas de 30 Kg e pallets de 1200 Kg). No caso do algodoeiro, a recomendação de dosagem é de 0,50 kg por hectare, aplicado antes do florescimento e duas semanas depois.

Por sua vez, o New Max proporciona um aporte nutricional completo ao longo de todo o ciclo produtivo. Trata-se de um fertilizante organo-mineral com formulação equilibrada composta de sais minerais, aminoácidos e outros compostos provenientes da fermentação controlada de materiais orgânicos e substâncias nutritivas. É ideal para recuperação de lavoura provocada por algum fator externo, como estresse hídrico, fitotoxidez e estresse pós-colheita, por exemplo.

Sua formulação apresenta nitrogênio (10%), fósforo (8%), potássio (6%), boro (0,3%), carbono orgânico total (6%), cobre (0,3%), manganês (1%), molibdênio (0,1%) e zinco (1%). As embalagens são frascos de um litro (caixa com 12 e pallets de 600 litros), galões cinco litros (caixa com quatro e pallets com mil litros) e baldes de 20 litros direto no pallet, totalizando 720 litros. A dosagem indicada varia de um a dois litros por hectare, em aplicações quinzenais a partir de 20 dias da emergência.

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