Primeiramente saber se o Agronegócio vencerá o Coronavírus é uma tarefa árdua.  Todavia, uma coisa é certa, no final de dezembro de 2019 o agronegócio mundial girava de uma forma. Hoje tudo mudou.

Veja. Num breve resumo os especialistas apontam que o agronegócio será o responsável pela sustentação da economia brasileira, além de garantir empregos e gerar uma safra recorde.

Por outro lado, não será fácil, simples, ou sem o enfrentamento de desafios. O momento é de cautela e a crise do coronavírus pede planejamento para os próximos meses.

Portanto entender os efeitos da crise atual e seus contornos é essencial para o agronegócio nacional.

Apesar do Coronavírus a safra é recorde no Brasil

De acordo com Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estimou na primeira quinzena de abril que a produção de soja do Brasil na safra 2019/20 deve registrar um recorde de 122 milhões de toneladas.

A primeira vista o número é um pouco menor do que o projetado em março de 2020 – 124,2 milhões de toneladas. Apesar das intemperes do tempo que prejudicou a produção de soja no Rio Grande do Sul a produção nacional deve representar avanço de 6,1% frente as 115 milhões de toneladas de soja em 2018/19.

Para o milho, a Conab projetou uma safra total em 2019/20 de 101,8 milhões de toneladas, isto é, acima das 100 milhões de toneladas previstas em março.

Em relação ao algodão em pluma, a Conab estima a safra 2019/20 em 2,88 milhões de toneladas, acima das 2,85 milhões projetadas no mês anterior, já que é um avanço frente as 2,77 milhões de toneladas em 2018/19.

A produção e venda de café também tende a ser muito favorável. Mas o Agronegócio e o Coronavírus travam uma batalha que possuem muitos ingredientes ao redor do mundo.

China ainda é o fiel da balança

A China ainda é a maior parceira comercial do agronegócio brasileiro. Justamente por isso, voltar os olhares para os efeitos da crise na China com o Coronavírus é fundamental.

A produção industrial da China recuou 13,5% no primeiro bimestre de 2020. As vendas no varejo cederam 20,5%, quando era esperada uma baixa de 5%.

Os investimentos em ativos fixos mergulharam 24,5%, ante projeção de queda de 1%. No gigante do oriente o desemprego urbano subiu de 5,2% em dezembro para 5,7% no fim de fevereiro de 2020.

As oportunidades para novos negócios são grandes, embora o cenário aparentar-se desfavorável, a crise tende a sucumbir cedo ou tarde. Portanto, quem estiver preparado sairá na frente.

No Brasil frutas e hortaliças em queda 

O fechamento do comércio nos grandes centros urbanos, associado à dificuldade de exportação de produtos por vias aéreas estão entre os fatores que mais têm impactado negativamente o setor.

As frutas partiam de diversas regiões do país para destinos como União Europeia, Estados Unidos e Emirados Árabes. No Brasil, o fechamento de restaurantes, bares e feiras livres reduziu significativamente a demanda por hortaliças, resultando no descarte de produtos que tiveram baixo desempenho nas vendas nas Centrais de Abastecimento.

Para o Agronegócio vencer o Coronavírus, a pecuária será fundamental

De acordo com o documento da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil aponta que uma grande preocupação dos pecuaristas tem sido exatamente com os custos da ração, que já está 19% mais cara do que a média do mês de fevereiro. Isso se deve às constantes valorizações do milho e da soja no mercado interno, influenciadas pela demanda aquecida e valorização do dólar.

Para o Agronegócio o Coronavírus irá passar e a pecuária será fundamental.

Nas exportações o ambiente também é incerto. A avaliação parte do princípio da dificuldade de escoar a produção destinada a parceiros comerciais importantes como a União Europeia, onde os bloqueios logísticos geram estrangulamentos ao longo da cadeia produtiva.

Em contrapartida, os pecuaristas ainda se deparam com alguma capacidade de retenção, o que vai mudar com o avanço do outono e do decorrente desgaste das condições das pastagens.

A hora é de planejar

Os grandes nomes do agronegócio brasileiro são unanimes em dizer que o setor tende a ser o motor de propulsão para o país após o término da pandemia.

Entretanto, o planejamento estratégico para a próxima fase será essencial para o produtor acompanhar a alta das demandas, embora seja muito difícil de prever quando isso irá ocorrer.

Outro fator importante é que o governo federal já estuda a antecipação de financiamentos, reorganização de dívidas, e ampliação de crédito para o campo.

Por este motivo, o momento é de se preocupar com os custos de produção e elaborar a melhor estratégia para que a próxima safra seja tão boa quanto a apresentada em 2019/2020.

Veja algumas dicas para elaborar um ótimo planejamento para sua lavoura :

 

Planeje o orçamento para o ano

Apesar de muitas incertezas, este é o momento exato para começar a dar atenção às contas.

Esteja perto do seu fornecedor

Desde já confie em quem já trabalha com você a mais tempo. Momento é de cautela e evitar aventuras desnecessárias.

Evita o desperdício de insumos

Consulte os especialistas e monitore a utilização dos insumos no campo.

Preparação para eventuais períodos de crise

Fique de olho nos preços dos mercados.

Otimização do tempo e da força de trabalho

Em primeiro lugar a sua força de trabalho é uma ótima ferramenta para melhorar o desempenho de sua cultura no campo.

Foco em metas específicas

Nesse sentido, seja objetivo no que você espera do seu negócio.

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