Novo governo federal e novos governos estaduais tomarão posse em janeiro, por isso as perspectivas e a esperança de mudanças são importantes nos próximos meses. Mas como se comportará a agricultura em 2019?
O clima de confiança e otimismo sobre a agricultura tende a se manter em 2019, com o setor ainda mantendo sua grande representatividade dentro da economia brasileira, com forte presença sobre o nível de exportações, balança comercial e PIB interno.
Veja, neste texto, quais são as perspectivas para a agricultura brasileira neste novo ano que se inicia e promete resultados animadores.
Agricultura em 2019: Otimismo é a palavra!
Apesar dos recorrentes desafios e incertezas comuns no Brasil, produtores agrícolas e agroindústrias brasileiras estão moderadamente otimistas com os rumos da economia brasileira em 2019, sendo esse o termo mais importante também quando projetamos o próximo ano da agricultura.
Nesta conjuntura, o início da gestão de novos governos e a recuperação econômica brasileira trarão a oportunidade de novos projetos a serem desenvolvidos no país. E, tudo indica que a agricultura é prioridades na maioria destes projetos. Assim, o setor continuará, a exemplo dos últimos anos, a ser protagonista na economia brasileira.
O PIB do agronegócio também tem perspectivas de crescimento (mesmo que tímidas). Segundo o Banco Central, para 2019, a projeção de crescimento para agropecuária é de 2%.
Dentro dessa onda de otimismo, os responsáveis pelo setor esperam viver um período de grande entusiasmo e muita vontade de acertar, com isso pretendem manter ou até ampliar seus investimentos em diversas áreas ligadas à agricultura brasileira.
Além disso, em 2019 a agricultura tem a expectativa de viver um momento histórico, já que as exportações do agronegócio brasileiro devem superar a marca de US$ 100 bilhões pela primeira vez, conforme estimativas do Ministério da Agricultura. Em 2017, por exemplo, as exportações atingiram US$ 96 bilhões.
Dinheiro não será problema
Reforçando a expectativa otimista para o ano que vem, tudo indica que não faltarão recursos para financiar a agricultura brasileira. Assim, como ocorreu em 2018, as fontes de financiamento tendem ser ainda mais diversificadas no próximo ano.
Isso mostra que não faltará crédito para o setor em 2019, mas as fontes podem mudar. A tendência é que o governo seja mais restritivo, colocando menos dinheiro e deixando o mercado atuar mais na concessão de recursos para a agricultura e para a pecuária.
Prova desse menor aporte estatal está na agricultura família – que se fosse um país, figuraria na 8ª colocação entre os maiores produtores globais de alimentos – que, segundo o orçamento federal, irá perder em 2019 mais de 25% das verbas em comparação à 2018.
Nos últimos anos a agricultura se mostrou como uma atividade altamente viável. Com isso, todas as instituições financeiras se mostram cada vez mais interessadas no setor, aumentando as opções em financiamento, principalmente de instituições privadas.
Tais fontes privadas serão ofertadas por variadas instituições financeiras, seja pelo crédito comercial oferecido por tradings, cooperativas de crédito e fornecedores de insumos para o setor.
Além disso, outras fontes de recursos para crédito rural, como a Letra de Crédito do Agronegócio (LCA), já estão ganhando mais importância que as tradicionais. E a tendência é um ajuste natural do mercado a esse novo perfil do funding do agronegócio.
2019 será também um ano de muitos desafios
Apesar de todo o otimismo para o próximo ano, o mercado agrícola ainda precisa enfrentar desafios e incertezas que insistem em acompanhar o setor no Brasil. Apesar disso, alguns desses fatores podem beneficiar a agricultura do país.
Uma dessas incertezas que podem beneficiar a agricultura brasileira é a guerra comercial entre Estados Unidos e China, que se agravará em 2019. O desfecho dessa disputa comercial ainda é imprevisível, mas coloca a agricultura brasileira em uma condição bastante vantajosa, principalmente com a relação comercial com a China.
Para isso, há a necessidade de investimentos na agricultura brasileira para garantir o atendimento de parte importante do abastecimento do país asiático, caracterizado por ter a maior demanda em todo o planeta.
Outro desafio que precisa ser melhor entendido pelos elos da cadeira agrícola tem relação com a tabela de fretes mínimos rodoviários implementada pelo governo Temer para acabar com a greve dos caminhoneiros.
Esse tabelamento elevou custos e gerou incertezas para a fixação de preços de venda de grãos, como soja e milho, portanto deverá, obrigatoriamente, fazer parte de diversas conversas e tomadas de decisão entre as entidades ligadas ao setor.
Há ainda outros desafios que a agricultura brasileira irá enfrentar em 2019, mas estes são bastante comuns e recorrentes há muito tempo. Entre estes desafios podemos citar o custo do frete, graves falhas logísticas de norte a sul do país, falta de infraestrutura e alta volatilidade do câmbio.
Em 2019, é certeza que tais desafios não serão solucionados de uma vez por todas, mas há urgência que ao menos melhorem.
Também será importante que cada produtor priorize uma boa gestão da agricultura, fato esse que continuará sendo fundamental, pois impactará positivamente com os bons resultados esperados para o setor.
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