Anualmente são apresentados no mercado agrícola do nosso país, inovações tecnológicas destinadas ao aumento da produção e produtividade nas lavouras. Os métodos de Controle de pragas são um desses avanços neste sentido, como podemos ver neste artigo da Multitécnica.

Entretanto, aliado a toda esta tecnologia, uma parcela importante deste controle é simplesmente perdida por falta de cuidados no momento da colheita da safra.

Em todo tipo de cultura uma certa porcentagem de perdas na colheita é aceitável e o produtor precisa estar ciente disso. Porém, quando essas perdas excedem o padrão normal, o sinal de alerta do produtor deve acender.

O produtor deve sempre procurar soluções para reduzir as perdas, pois, com elas não se está deixando de produzir e sim perdendo o que já foi produzido, ou seja, o investimento em tecnologia e o trabalho não trarão o retorno esperado.

Perdas na colheita

Assim, para reduzir as perdas na colheita – e ganhar mais dinheiro – é fundamental que o produtor entenda suas razões para assim buscar alternativas e soluções para reduzi-las.

Mas afinal, qual a causa das perdas na colheita?

Basicamente, as perdas serão percebidas no momento da colheita, no entanto as razões dessas perdas podem ser resultado de ações ligadas à todas as etapas da cultura, desde a sua implantação, passando pela colheita propriamente dita, transporte e finalizando no armazenamento dos grãos.

Por isso, todas as etapas têm de receber direta atenção do produtor e precisam estar diretamente relacionadas, visto que ações realizadas em uma etapa podem ter a capacidade em elevar as perdas durante a colheita. Vejamos um exemplo:

Um preparo do solo realizado de forma incorreta pode resultar em desníveis no terreno ou formação de torrões que dificultam a colheita de máquinas agrícolas, que serão menos eficientes, resultando em aumento das perdas na colheita.

Assim, a falta de monitoramento constante durante todo o desenvolvimento da cultura se configura como a grande responsável pelas perdas, uma vez que toda a operação de colheita deve se basear nesse monitoramento.

O momento da colheita: cuidados em dobro!

De fato, todas as etapas da produção precisam receber a máxima atenção do produtor. No entanto, o momento da colheita – cada vez mais mecanizada – se configura como a etapa mais importante e representativa, devido ao alto poder em trazer perdas.

Perdas na colheita

Colheitas malconduzidas decorrentes da agilidade excessiva da colheitadeira, instabilidades meteorológicas, descuido nas regulagens e manutenções das máquinas tem a capacidade de causar elevação das perdas na colheita e, por isso, precisam ser bem planejadas.

Veremos, brevemente, quais são os principais problemas ligados ao momento da colheita com as respectivas maneiras para se reduzir as perdas.

  1. Agilidade excessiva da colheitadeira:

Dentre os fatores que afetam as perdas na colheita, a velocidade de deslocamento da colheitadeira merece um destaque especial.

Para a colheita de soja por exemplo, os limites recomendados para o deslocamento da máquina de trabalho giram em torno de 4 a 7 km/h em função do funcionamento da barra de corte e da plataforma de alimentação. Quando essa velocidade não é respeitada, o sistema de trilha da colhedora fica sobrecarregado, aumentando dessa maneira a quantidade de grãos nãos trilhados, resultando em perda.

Para determinar essa velocidade, a maneira mais correta é através da produtividade da cultura em relação à capacidade admissível de trabalho da colhedora para processar toda a massa colhida, juntamente com os grãos.

  1. Instabilidades meteorológicas:

Essa é uma ocorrência que vem recebendo cada vez mais atenção de produtores, visto que com a chuva o processo de colheita enfrentará sérios percalços principalmente quanto ao desempenho das colheitadeiras e ao excesso de umidade dos grãos.

Neste caso a solução mais viável é esperar a chuva passar, porém é possível realizar ações preventivas.

Uma delas é a contratação de empresas de análise meteorológica que auxiliarão a aumentar a acurácia do planejamento da data da colheita e aluguel de máquinas e contratação de pessoal.

  1. Descuido nas regulagens e manutenções:

Sem dúvidas, a regulagem incorreta das máquinas colhedoras representa parte importante das perdas na colheita principalmente no mecanismo de corte e alimentação. Essas perdas podem ser minimizadas com a adoção de práticas de manejo que fazem com que a cultura e a máquina tenham o melhor aproveitamento possível.

Frequentemente, os fatores associados às perdas na colheita ligados a colheitadeira são:

  • Velocidade e posição do molinete, em relação a velocidade da máquina;
  • Rotação do cilindro trilhador;
  • Condições de funcionamento da barra de corte;
  • Regulagem dos mecanismos transportadores;
  • Fluxo de ar do ventilador e regulagem inadequada do saca-palhas e peneiras.

O posicionamento do molinete em relação à barra de corte e à velocidade do molinete deve receber atenção especial. Se a velocidade for excessiva, haverá excesso de impactos sobre as plantas, resultando em quebra dos ponteiros com a consequente queda de vagens e grãos no chão.

Para facilitar, a velocidade do molinete deve ser um pouco superior (15 a 20%) à de deslocamento da colhedora pela lavoura.

Além disso, o estado de conservação da barra de corte e de seus componentes agregados (navalhas e contranavalhas) também deve receber atenção, bem como a troca de navalhas, a lubrificação e o ajuste das folgas, pois possíveis quebras certamente ocasionarão maior perda na colheita.

A recomendação final e mais importante é que produtores, técnicos e operadores de colheitadeiras façam regularmente a correta aferição das perdas na colheita já que não saber quanto se perde, significa não saber quanto se pode ganhar.

Você quer saber mais sobre os fertilizantes? Então baixe agora mesmo o nosso Catálogo de Fertilizantes.

Perdas na Colheita

Rolar para cima