Com preços e demandas em bons patamares, a produção de grãos vive momentos de expansão no Brasil nos últimos anos. A expectativa é de que, no ciclo 2021/2022, não será diferente. O único senão neste cenário diz respeito ao clima, uma vez que, a despeito de toda a evolução nas tecnologias de previsão metereológica, o imponderável pode (e costuma) se fazer presente neste tipo de assunto. Um exemplo são as fortes geadas verificadas no centro-sul do País em 2021, que atrapalharam a vida de muitos produtores.
Para o próximo ciclo, o temor é de que as chuvas se atrasem ou não venham em quantidade suficiente. Por isso, é melhor estar preparado. Nesse sentido, a melhor maneira para enfrentar a escassez hídrica e os veranicos é promover uma adequada construção do perfil do solo a ser plantado. Isso irá possibilitar uma eficiente nutrição radicular que, por sua vez, resultará em plantas fortes e capazes de resistir bem às adversidades — como veremos a seguir.
No caso da soja, carro-chefe da produção nacional, as previsões do setor privado são de uma safra de mais de 140 milhões de toneladas, três milhões a mais do que a estimativa do ciclo que está se encerrando (2020/2021). A combinação de dólar acima de R$ 5,00 e preços recordes nas bolsas de valores reforçam a ideia de que vale a pena aumentar a área plantada na próxima safra. A maior preocupação é com o aumento expressivo dos custos de produção, principalmente no que diz respeito aos fertilizantes, defensivos e maquinário, bem como à alta de juros na sua aquisição.
A última safra de soja foi afetada pelo atraso nas chuvas, o que levou a uma semeadura tardia em diversas regiões. Desta vez, os produtores estão mais otimistas, mas algumas dificuldades são esperadas, pois pode haver maior espaçamento entre os períodos de chuva. Se o momento atual é de neutralidade (sem influência dos fenômenos relacionados à temperatura dos oceanos), para o verão é prevista a ocorrência do “La Niña”, fenômeno decorrente do resfriamento das águas do Oceano Pacífico. Mas, ao que tudo indica, de intensidade fraca.
Outras culturas
Em sua apresentação das perspectivas para o próximo ciclo de produção agrícola no Brasil, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) apresentou estimativas referentes aos setores de arroz, feijão, soja, milho e algodão na safra 2021/2022, que, em conjunto, representam 94% do total de grãos estimados pelo órgão. O documento vislumbra tendência de recuperação da economia global, tanto pela crescente imunização da população contra a Covid-19, quanto pela consolidação de protocolos que permitem o funcionamento e a retomada dos diferentes setores produtivos. Ou seja: as perspectivas para os próximos semestres são positivas.
Segundo a Conab, o setor agropecuário brasileiro deve apresentar crescimento de 3,3%, bem acima do estimado para 2021. A produção vegetal terá um desempenho ainda mais positivo, de alta de 3,9%, impulsionada, como em 2021, pelo crescimento da produção de soja, recorde pelo terceiro ano consecutivo. Vale, também, destacar a recuperação das produções de milho e algodão, que deverão crescer 32,2% e 15,8%, respectivamente, após a forte queda esperada para este ano. No campo negativo, destaca-se a produção de cana-de-açúcar, que está entre os quatro produtos mais importantes para o valor adicionado da lavoura, e deve ter queda em sua produção de 9,5%.
La Niña
No ano passado, o fenômeno La Niña também esteve presente, mas um pouco mais forte, o que acabou causando o excesso de chuvas durante a colheita da soja 2020/2021 em Mato Grosso, por exemplo. Desta vez, poderá haver excesso de chuvas na colheita e também estiagens regionalizadas no Paraná e no Mato Grosso do Sul. No Rio Grande do Sul, as atenções voltam-se ao milho, uma vez que este começa a ser plantado antes da soja, já que a estiagem regionalizada deve ocorrer em dezembro. A falta de chuvas que pode ocorrer em fevereiro, num período importante para esta cultura, requer atenção dos produtores.
A boa notícia é que o La Niña costuma beneficiar a região conhecida como Matopiba, que compreende os estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e oeste da Bahia. Nestes locais, a previsão climática é otimista para a produção.
“Os danos sofridos em 2021 aumentam ainda mais a expectativa dos produtores rurais brasileiros para a próxima safra. A ideia é tentarmos entender as condições climáticas da safra atual e os eventuais efeitos resultantes da anterior para que possamos nos planejar melhor”, afirmou o coordenador de Produção Agrícola da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Maciel Silva, durante a live “Perspectivas Climáticas: o que Esperar para a Próxima Safra?”, realizada pela entidade.
Como se preparar
A construção do perfil do solo é a solução mais adequada em busca do melhor aproveitamento hídrico e no enfrentamento de veranicos — e, consequentemente, para se obter maiores rendimentos na produção agrícola. Para que isso ocorra é recomendável explorar o uso de fósforo (P), cálcio (Ca), magnésio (Mg) e boro (B), entre outros, como nutrientes diretamente envolvidos no crescimento radicular das plantas. A linha Microsolo possui vários produtos que podem auxiliar sobremaneira o produtor rural nesta empreitada.
É o caso, por exemplo, do Mag Bor 20, fertilizante granulado composto de magnésio (20%), enxofre (2%) e boro (2%). O produto é comercializado em sacos de ráfia de 40 quilos, big bags de 1 mil quilos ou vendido à granel. Outra opção entre os granulados é o MagBor Crops, encontrado nas mesmas embalagens, mas em proporções diferentes nos seus compostos: magnésio (20%), enxofre (3%), boro (1%), cobre (0,2%) e manganês (4%).
Já o Mega Bor possui a formulação contendo magnésio (4%), enxofre (3%) e boro (7%).
A escolha do melhor produto para cada caso vai depender dos fatores edafoclimáticos e das necessidades da cultura onde será aplicado, que deve ficar a cargo de profissionais especializados. A equipe Multitécnica está a disposição para auxiliar na melhor recomendação para seus clientes.
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