Plantas bem nutridas enfrentam melhor as temperaturas excessivamente altas, cada vez mais comuns no País
Nas duas últimas semanas de setembro o Brasil foi surpreendido por uma intensa onda de calor que fez a temperatura bater recordes em muitas regiões, principalmente no centro-sul do País. Informações sobre os cuidados a serem adotados para preservar a saúde humana — e até dos animais de estimação — tomaram conta do noticiário, como era de se esperar. Mas o forte calor pode ser prejudicial também às plantas e, em especial, à agricultura, sendo capaz de provocar estresse à lavoura e acarretar perda de produtividade — e, consequentemente, prejuízos — aos produtores que não estiverem preparados.
Não é novidade que as oscilações pronunciadas da temperatura do ar e o aumento da incidência das ondas de calor afetam diretamente a saúde das plantas. O fenômeno El Niño, que além das temperaturas excessivamente elevadas, traz consigo períodos de seca seguidos por outros marcados pela chuva em excesso, é um fator complicador cada vez mais presente em diferentes regiões.
Mas existem uma série de medidas e práticas que, quando adotadas a tempo, são capazes de atenuar esses efeitos nocivos. Literalmente, elas “salvam a lavoura”. Construir o perfil do solo, otimizar o uso da água na irrigação, fazer a correta manutenção da cobertura do solo e promover o manejo integrado de pragas e doenças — tudo sob acompanhamento atento dos mapas climáticos — são alguns deles.
Mas, além de todas essas ações, é preciso ter consciência de que o correto manejo nutricional das plantas é uma estratégia vital para atenuar os efeitos dos estresses abióticos sobre a produção agrícola – inclusos nessa categoria os efeitos das altas temperaturas. Ou seja: uma planta bem nutrida é uma planta muito mais resistente às intempéries climáticas.
É nesse ponto que a indústria de fertilizantes se torna uma aliada ainda mais forte do produtor rural, uma vez que o desenvolvimento desses produtos tem evoluído constantemente, indo muito além das fontes convencionais de nutrientes. Atualmente existem fertilizantes de eficiência aumentada, que promovem o crescimento saudável, casos dos biofertilizantes compostos por extratos de algas e aminoácidos.
O engenheiro agrônomo Marcos Vinícius Dias Souza, gerente de portfólio da Multitécnica Industrial, cita o exemplo do produto New Max para ajudar a mitigar os efeitos nocivos do calor excessivo. “Trata-se de um produto excelente no manejo antiestresse das lavouras, muito bom nesses períodos de grande variação térmica, pois contém em sua formulação aminoácidos de alta disponibilidade que vão ajudar a planta a se proteger desse calorão”, diz.
Segundo Marcos Vinícius, a dose para aplicação varia de um a três litros por hectare, de acordo com a cultura. “Nos cereais a gente indica de um a dois litros por hectare. Já nas perenes, como é o caso do café, citros, etc., a gente trabalha entre dois e três litros do produto por hectare”, recomenda.
Ainda de acordo com o especialista, uma medida adicional que costuma trazer ótimos resultados é a aplicação de micronutrientes essenciais ao metabolismo do nitrogênio — como molibdênio, cobalto e níquel – logo após o final do período de estresse, para auxiliar na transformação do nitrogênio que estará acumulado no interior da planta. Esses nutrientes essenciais para o metabolismo das plantas estão presentes no produto Multi BioCoMoNi, que também traz extrato de algas em sua composição, outro composto comprovadamente eficiente na mitigação dos danos resultados do estresse por altas temperaturas.