Nos canaviais, fertirrigação torna-se ainda mais eficiente com a adição de fertilizantes ao subproduto das usinas

Resíduo da cana-de açúcar na produção de etanol ou fermentação do melaço, a vinhaça (também chamada de vinhoto, tiborna ou restilo, conforme a região do País) chegou a ser um problema ambiental para as usinas, mas acabou tornando-se um dispositivo fundamental na busca de maior produtividade no setor sucroenergético. A utilização adequada deste subproduto tende não só a aumentar a produção numa determinada área como pode, também, render até um corte a mais no ciclo do canavial nas áreas de aplicação do material.

Isso porque a vinhaça é composta, além de matéria orgânica, principalmente de potássio (K2O), contendo ainda nitrogênio (N) e outros micronutrientes que são vitais para o bom desenvolvimento da cana. Além disso, sua aplicação proporciona uma melhoria contínua no condicionamento do solo, resultando em um ambiente mais propício à produção. Essas características, por si só, já seriam bem-vindas nestes tempos de dólar alto (o que encarece o custo dos fertilizantes) mas, além de tudo, o resíduo traz grande quantidade de água em sua composição, o que também vem bem a calhar numa época de longas estiagens e constantes déficits hídricos.

Somados, esses aspectos proporcionam significativos ganhos de produtividade — e longevidade — ao canavial. Ainda mais se considerarmos que cada litro de etanol produzido a partir da cana gera, em média, 12 litros de vinhaça — ou seja, há uma imensidão desse subproduto à disposição nas unidades produtivas.

Fatores como esses vêm estimulando o setor a aumentar a área fertirrigada nos últimos anos. Atualmente, essa área é estimada em 40% das plantações — muito mais do que era há alguns anos e, certamente, menos do que vai ser num futuro próximo. Irrigar deixou de ser uma opção para salvar os canaviais da região Nordeste para se transformar numa importante ferramenta de ganho de produtividade (e longevidade) dos canaviais do Centro-Sul do País.

E, se essa irrigação, além de água, levar nutrientes além dos já presentes na vinhaça, melhor ainda, pois se torna uma adubação mais completa e equilibrada. O enriquecimento da vinhaça com micronutrientes surge como uma opção de manejo interessante para aumentar os teores desses elementos no solo de maneira uniforme na área, sanando uma das dificuldades da aplicação desses nutrientes que são requeridos em quantidades relativamente pequenas por hectare, o que pode se tornar uma dificuldade no fornecimento dos mesmos.

O enriquecimento da vinhaça pode ser feito de maneira específica para cada talhão fertirrigado, fornecendo os elementos efetivamente necessários para aquela área. Nesse contexto, as soluções Multitécnica para fornecimento de micronutrientes totalmente solúveis para uso na fertirrigação da Linha Ultra são completas e englobam os micronutrientes Cobre (Cobre Ultra 24% Cu), Manganês (Manganês Ultra 31% Mn), Zinco (Zinco Ultra nas formulações Hepta com 20% Zn e Mono com 34% Zn) e Boro (Boro Ultra com 17% B) e o macronutriente Magnésio (Magnésio Ultra 9% Mg), disponíveis em embalagens de 25 kg e big bags de 1.000 kg.

 

Como utilizar a vinhaça nos canaviais?

Atualmente, o manejo da vinhaça é realizado, principalmente, por meio da fertirrigação convencional por aspersão, no entanto, outras duas técnicas vêm ganhando cada dia mais adeptos: a biodigestão, que possibilita o aproveitamento energético e a produção de uma vinhaça mais concentrada; e a aplicação localizada da vinhaça (diretamente na linha da cana), que permite aplicação em diferentes doses, de acordo com as necessidades de cada área. As três técnicas garantem, além do aumento de produtividade, mais sustentabilidade ambiental e economia na aplicação de insumos.

As carretas aplicadoras de vinhaça localizada, projetadas especificamente para este fim, conseguem dar maior precisão às aplicações na linha da cana. Elas permitem uma irrigação personalizada (no local exato e na quantidade ideal em que cada nutriente se faz necessário) e mais eficiente.

De quebra, a vinhaça pode ser aplicada no pós-crescimento da planta, com o conjunto aplicador trafegando nas entrelinhas da plantação, com risco mínimo de danos às touceiras. A distribuição é relativamente simples e não exige mão de obra especializada. O investimento também é compensador, pois um conjunto de um trator e duas carretas já consegue distribuir de 500 a 800 metros cúbicos por dia de vinhaça.

Diante das vantagens do sistema, alguns produtores relatam ter aumentado de 40% para 90% de área fertirrigada, com benefícios que vão desde a uniformidade de aplicação de nutrientes (fator fundamental principalmente na distribuição espacial dos micronutrientes), localização adequada (próximo à rizosfera, evitando perdas por lixiviação) e grande economicidade das aplicações, resultando em maior produtividade e sustentabilidade econômica e ambiental.

Marketing | Grupo Multitécnica

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