O mundo ainda vive momentos de incertezas no que diz respeito à segurança alimentar da população. A invasão da Ucrânia pelas tropas russas e as consequentes sanções ocidentais impostas aos produtos russos, notadamente matéria-prima para fertilizantes, têm gerado a apreensão quanto à possível escassez desses produtos, que vêm batendo recordes históricos de preços. Nesse cenário, aumentar a eficiência das lavouras, fazendo-as produzir mais com menos insumos, torna-se obrigatório.
A correção do solo apresenta-se como opção mais racional na busca por esses resultados, afinal, essa operação tem a capacidade e potencial de melhorar a eficiência dos fertilizantes. É o primeiro passo para o agricultor garantir alta produtividade no momento da colheita. Uma questão que se torna ainda mais importante quando se observa que o Brasil é o quarto maior consumidor de fertilizantes do mundo (responsável por 5,9% do consumo mundial) e 85% desses insumos são importados.
É por meio da correção do solo que se estabelece o equilíbrio entre cátions e ânions no solo, de forma que as plantas possam se desenvolver de forma saudável, explorando maior volume de solo e se tornando mais tolerantes a pragas e doenças. Por questões geológicas, os solos brasileiros tendem a ser mais ácidos, ou seja, apresentam maior quantidade de íons, principalmente o hidrogênio (H+), o que pode prejudicar o desenvolvimento de determinadas culturas.
Para identificar o grau de equilíbrio entre cátions e ânions é recomendado avaliar a sua fertilidade. É por meio da análise de solo que será possível saber como está a “saúde da terra”. Para isso é preciso coletar uma amostra de solo, seguindo os critérios específicos dessa atividade e enviá-la a um laboratório especializado, o qual irá identificar os nutrientes presentes (e ausentes) – e em quê quantidade. A partir dos resultados dessa análise, é possível montar um diagnóstico e identificar se há ou não a necessidade de alguma correção – levando em consideração, também, as características da cultura que se pretende plantar.
Otimização
Essa não é uma preocupação atual – apenas tornou-se ainda mais urgente diante do atual cenário geopolítico do planeta. É necessário pensar no sistema como um todo, criando estratégias para otimizar as adubações realizadas, através da boa correção do solo e da utilização dos nutrientes na época, dose e local corretos.
O pesquisador Leandro Zancanaro alerta para a necessidade do resgate de conceitos básicos, pois todas as plantas consomem nutrientes através do solo para expressar seu potencial. “Devemos sempre considerar a máxima absorção de cada substância na cultura e o solo é o seu grande provedor”, pontua. Ele lembra que existem diversas tecnologias disponíveis para o manejo mais adequado e consequente melhoria dos perfis dos solos.
É indispensável lembrar que correção do solo envolve não apenas sua correção química, mas também se atentando aos parâmetros físicos e biológicos. A busca deve ser por um solo quimicamente equilibrado, fisicamente bem estruturado e em boas condições biológicas. Práticas de manejo de solo como o plantio direto, por exemplo, permitem a preservação dos aspectos químicos, físicos e biológicos do solo.
É preciso considerar, também, que processos climáticos ou até mesmo químicos podem alterar a configuração dos nutrientes presentes na terra.
As quantidades de corretivos e fertilizantes variam de acordo com o resultado da análise e com as exigências de cada cultura, por isso, os produtores devem procurar profissionais qualificados (como engenheiros agrônomos, engenheiros florestais ou técnicos agrícolas) para obter a orientação adequada acerca dos procedimentos necessários para a correção da área.
Geralmente são recomendadas, para a correção do solo, técnicas como a gessagem, a calagem e aplicação de fontes de macronutrientes secundários e micronutrientes, ou seja, a aplicação de corretivos, condicionadores e fertilizantes visando aumentar os teores de nutrientes do solo, neutralizar o alumínio tóxico e elevar o pH do solo, melhorando o crescimento radicular das plantas, trazendo maior aproveitamento da água disponível no solo e o consequente aumento da eficiência dos fertilizantes aplicados.
Potencializando Resultados
Por intermédio de seu braço especializado MicroSolo, a Multitécnica disponibiliza ao mercado uma linha completa de produtos que auxiliam de maneira decisiva o processo de correção do solo, de forma a proporcionar o máximo aproveitamento das propriedades dos fertilizantes. São produtos granulados para aplicação via solo, com disponibilização gradual dos nutrientes, que proporcionam a adequada correção dos teores de micronutrientes e macronutrientes secundários para o solo, com efeito residual e prolongada ação corretiva. O resultado é a otimização da capacidade produtiva das culturas agrícolas.
Confira na tabela abaixo a descrição e os benefícios de cada um desses produtos:
PRODUTOS | Nutrientes Fornecidos | BENEFÍCIOS |
MEGABOR | B, Mg,S | Alta eficiência da adubação com Boro em relação às fontes convencionais |
Gran BR-1 | B, Cu, Mn e Zn | Reposição das exportações dos micronutrientes |
Gran BR-7 | B, Cu, Mn e Zn | Melhor correção dos teores de micronutrientes pela melhor distribuição |
Gran Mix I | B, Cu, Mn e Zn | Correção de solos com baixa fertilidade (desgastados ou novas aberturas) |
Gran Mag 10 | Mg e Mn | Correção do equilíbrio de bases e da % de Mg na CTC |
Gran Manganês 10 | Manganês | Melhor eficiência da adubação para lavouras com tecnologia RR |
Mag Bor 20 | Mg, B e S | Sinergia da adubação do Mg e B, promovendo maior produtividade |
JD AS | B-Cu-Mn-Zn e S elementar | Alta eficiência da adubação para a região dos Cerrados |
THIO GRAN BORO | S elementar e solúvel + B | Correção de solos com baixa fertilidade. |
THIO GRAN MAG | S elementar e solúvel + Mg | |
THIO GRAN Mn | S elementar e solúvel + Mn |
É importante observar que os produtos da linha Microsolo devem ser aplicados separadamente dos corretivos ou condicionadores de solo. “Isso, devido a uma possível incompatibilidade química com cálcio e fósforo (fosfatos reativos) ou em relação à diferença de granulometria (farelado x granulado)”, explica o gerente de vendas da MicroSolo, Haroldo Rix.
A aplicação desses elementos pode ser feita por diferentes maneiras:
- A lanço em área total em pré ou pós-plantio, normalmente em grandes quantidades por hectare, sendo a forma predominante nas formulações que contêm magnésio ou enxofre e com maquinário específico de baixa dosagem por hectare para os demais produtos contendo somente micronutrientes.
- Diretamente no plantio (em cova ou linha), indicada normalmente para formulações contendo magnésio adicionados a micronutrientes – ou somente contendo esses últimos;
- A lanço, porém localizada, indicada para culturas perenes, nas quais o produto é aplicado abaixo da projeção das plantas, com orientações específicas para cada cultura;
“Os produtos da Microsolo podem ainda ser utilizados para enriquecimento das formulações dos fertilizantes NPK, criando produtos equilibrados e balanceados para o atendimento das demandas específicas de cada cultura”, acrescenta Haroldo.
Grupo Multitécnica | Comunicação e Marketing