Evento difundirá benefícios do magnésio na agricultura de alta produtividade
O Grupo de Apoio à Pesquisa e Extensão (Gape) da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiróz, da Universidade de São Paulo (Esalq/USP), promove no dia 29 de setembro, no anfiteatro do Pavilhão Engenharia, em Piracicaba (SP), o 1º Magnesium Day, evento destinado a divulgar os benefícios e a importância do uso do magnésio para a agricultura moderna.
A expectativa é de que muitas questões do campo sejam respondidas pelos palestrantes. O público-alvo é formado, principalmente, por consultores técnicos, gerentes de fazendas e outros extensionistas que necessitam, em seu dia-a-dia, dessa atualização e conhecimento científico. São profissionais que buscam produtos específicos para cada atividade operacional, com o objetivo de nutrir adequadamente as culturas de forma sustentável, econômica e na máxima eficácia.
Um dos momentos mais aguardados, logo às 9h, é a apresentação “Fisiologia do Magnésio”, do pesquisador Ismail CakMak, professor da Sabanci University, de Istambul, na Turquia. O especialista afirma que a nutrição por magnésio é frequentemente negligenciada pelos produtores e vai explicar de que maneira sua escassez afeta negativamente o crescimento das plantas.
“Diversas funções das plantas requerem suprimentos adequados de magnésio, sendo mais visível o seu papel na formação de raízes, clorofila e fotossíntese. Mas muitas reações menos visíveis também dependem de um suprimento adequado do elemento”, afirma o pesquisador.
Em seguida, às 10h20, será a vez do professor Dr. Marcos Yassuo Kamogawa, da própria Esalq/USP, abordar o tema “Química na Prática”. Ainda pela manhã, às 11h10, o professor Dr. Godofredo Vitti, também da Esalq/USP, discorrerá sobre “Fontes de Magnésio”. Já no período da tarde, às 14h, o Dr. Douglas Gitti, da Fundação MS, abordará o assunto “Magnésio na Soja e no Milho”.
“Magnésio na Cana-de-Açúcar” será o objeto da palestra do professor Dr. Rafael Otto, da Esalq/USP, às 14h50. Em seguida, às 15h40, a professora Dra. Simone Mello, também da Esalq/USP, abordará o “Magnésio nas Hortaliças”. “Magnésio em Café e Citros” é o assunto do professor doutor Rodrigo Boareto, às 17h; e “Magnésio em Algodão”, a pauta do professor doutor Ciro Rosalem, da Unesp – Campus de Botucatu, no encerramento do dia.
Haverá a disponibilização aos participantes de todas as apresentações em PDF. Além disso, todos os palestrantes estarão disponíveis para perguntas logo após suas respectivas apresentações, o que é uma oportunidade única de aprendizado e resolução de dúvidas nesse tema tão fundamental para a agricultura.
Importância do nutriente
O magnésio é um macronutriente secundário demandado pelas plantas em grandes quantidades, porém em menores proporções que o nitrogênio e o potássio. Em geral é similar ao fósforo, enxofre e cálcio. Usualmente, é um pouco menos requerido que o cálcio.
A principal função do magnésio é ser o átomo central da molécula de clorofila nas folhas verdes das plantas. A clorofila necessita de 15% a 20 % do total desse nutriente presente na planta para otimizar a absorção de luz e transferir energia para os centros de reação da fotossíntese.
Dessa forma, o magnésio participa dos processos metabólicos, como a formação de ATP nos cloroplastos, para permitir que a planta realize a fotossíntese. O nutriente também atua na síntese proteica, formação de clorofila, carregamento do floema, separação e utilização de fotoassimilados, além de contribuir com o desenvolvimento do sistema radicular.
O sintoma de deficiência de magnésio é caracterizado pelo amarelecimento das folhas velhas na forma de clorose internerval. Trabalhos realizados quantificam que 35% do total de magnésio nas plantas estejam localizados nos cloroplastos. No entanto, os sintomas de sua deficiência são caracterizados pela dependência da intensidade luminosa sobre as folhas. A alta luminosidade aumenta o desenvolvimento de clorose no limbo foliar.
Desta forma, o magnésio tornou-se elemento nutricional com grandes demandas na moderna agricultura de alta produtividade. Isso se deve a vários fatores — como, por exemplo, a baixa aplicação nos programas de adubação de forma generalizada; a baixa resposta de assimilação do elemento nos calcários; e, principalmente, devido ao desequilíbrio ocasionado pelas altas demandas de potássio aplicado em lavouras como café, cana-de-açúcar (vinhaça), banana e óleo de palma.
“O conhecimento desses fatores é de suma importância para os tomadores de decisão no programa de adubação, não só para sua devida correção, mas também consequente aumento da produtividade”, afirma o gerente comercial da Multitécnica, Haroldo Rix.
Multitécnica presente
O Magnesium Day conta com apoio e patrocínio da Multitécnica, uma das principais fabricantes brasileiros de fertilizantes e que tem em sua linha diversos produtos contendo o elemento magnésio como ativo principal ou secundário, de acordo com as necessidades de cada cultura.
Haroldo Rix explica que a Multitécnica irá apresentar, no evento, um produto adequado para cada uso específico nas operações agrícolas. “Assim, para fertirrigação ou enriquecimento de vinhaça, apresentaremos o sulfato de magnésio; para aplicação foliar, as diversas formas de magnésio solúvel em água (sulfato, nitrato, cloreto e fosfito); para a correção efetiva do desequilíbrio do magnésio no solo, o granulado especial Gran Mag 10, que é um hidroxi-sulfato de magnésio”.
Ele explica que, em razão da alta demanda do mercado e sua ampla variação do modo de uso, o magnésio é atualmente de grande importância nos negócios do grupo. “Nossa visão é de constante crescimento nas vendas, com aporte de contínuos investimentos na produção e desenvolvimento de novos produtos”, afirma Haroldo.
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